Não está claro ainda
quem de nós dois me consome
quem de nós ficou sem nome,
confundido por tantas letras –
placas à beira do caminho.
Nunca se acostumar
com teu corpo, nunca deixar
de cobiçar a umidade
no teu lábio de mármore –
e ter de escolher um caminho!
E esta nosologia: separar
tudo que do outro recebi cativo;
nada que de mim é falta no amigo.
Não está claro ainda.
[inédito de Eleazar Carrias]