"Alguns minutos na internet permitem que eu pesquise qualquer obra de Shaskespeare, ou veja uma obra de arte exposta no museu do Louvre.
No entanto, será que obtivemos algum progresso na produção de conteúdo que as outras pessoas, algum dia, desejarão guardar e resgatar? Nossa arte se iguala à dos impressionistas? Nossa literatura se comprara à elisabetana? Nossa música tem maior qualidade que a de Bach ou Beethoven? Na maioria vezes, verifica-se ser mais fácil desmontar o que já existe do que criar o que ainda não existe. [...] Conhecer as partes não é, necessariamente, um auxílio à compreensão do todo."
[do livro Rumores de outro mundo, ed. Vida, 2004]